Trajeto casa-trabalho: Florianópolis está entre as capitais com menor tempo gasto, revela IBGE

Moradores da capital levam até meia hora para chegar ao trabalho, aponta pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

Florianópolis está entre as capitais brasileiras onde a população gasta menos tempo no deslocamento até o trabalho. Os dados preliminares do Censo Demográfico 2022 foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na quarta-feira (9).

Conforme a pesquisa, quem vive na capital catarinense leva até 30 minutos para chegar ao trabalho. Porto Alegre (RS) e Goiânia (GO) também registram a maior proporção de pessoas que fazem trajetos casa-trabalho nesse mesmo tempo.

Em contrapartida, Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Manaus (AM) apresentam maior número de trabalhadores com deslocamentos superiores à meia hora; no Rio de Janeiro, 5,6% têm trajetos que levam mais de duas horas.

Dois em cada três trajetos casa-trabalho são feitos em até meia hora no Brasil

No Brasil, dois em cada três deslocamentos casa–trabalho são feitos em até meia hora. Cerca de 40 milhões de brasileiros (56,8%) realizam o trajeto entre seis minutos e meia hora, enquanto 1,3 milhão leva mais de duas horas para chegar ao trabalho.

A pesquisa também indica diferenças por raça: trabalhadores pretos e pardos passam mais tempo no trajeto, com proporções de 13,9% e 11%, respectivamente, enquanto a população branca predomina na faixa de seis minutos a meia hora (58,5%).

Maior parte trabalha no município em que reside

A maior parte da população ocupada no Brasil (88,4%) trabalha no mesmo município em que reside, sendo que 71,4% desses trabalhadores se deslocam para fora de casa, enquanto 16,9% exercem suas funções no próprio domicílio.

Entre os meios de transporte mais utilizados, o automóvel lidera com 32,3%, seguido por ônibus (21,4%), deslocamento a pé (17,8%) e motocicletas (16,4%), totalizando 87,9% dos deslocamentos.

Pessoas brancas utilizam mais automóveis

A pesquisa mostra ainda que a população branca utiliza mais o automóvel (42,9%) em trajetos casa-trabalho, enquanto a população preta se desloca mais de ônibus (29,5%), com menor participação de automóvel e caminhada.

Entre os usuários de automóvel, 59% são brancos, superando o grupo pardo (32,9%). O nível de instrução também influencia o transporte: quanto maior a escolaridade, maior o uso de automóvel, transporte individual motorizado ou trem/metrô, e menor a participação de deslocamentos a pé ou de bicicleta.

Foto: Guarda Municipal de Florianópolis