Alta de 3,72%, cesta básica em Floripa
Alta mensal da cesta básica foi de 3,72% (Foto: Marcelo Camargo, Agência Brasil)
Nova pesquisa do Dieese aponta que cesta básica em Florianópolis é a segunda mais cara entre as capitais em outubro.
O preço da cesta básica em Florianópolis teve nova alta em outubro, conforme o levantamento mensal do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Divulgado nessa quarta-feira (6), o estudo mostra que o conjunto dos alimentos básicos na capital catarinense é o segundo maior do Brasil, ficando em R$ 796,94, atrás apenas de São Paulo (R$ 805,84).
A alta mensal da cesta básica foi de 3,72%, comparando com setembro deste ano. Já a variação nos 10 meses de 2024 foi de 5,07%, também uma das mais altas, atrás apenas do registrado em Campo Grande (7,65%) e em São Paulo (5,89%).
Os preços do quilo da carne bovina de primeira e do óleo de soja subiram em todas as capitais, devido às estiagens e queimadas que prejudicaram o pasto e ao maior volume de exportação do óleo, respectivamente, o que reduziu a oferta desses produtos no varejo.
O tomate, o leite UHT e o quilo do café em pó também aumentaram de preço em quase todas as capitais. No acumulado dos últimos 12 meses, a batata chegou a subir 50,42% em Florianópolis. Em outubro, a oferta de tomate diminuiu, por causa do término da safra de inverno, o que resultou em aumento do preço no varejo, segundo o Dieese.
O levantamento leva em conta também a porcentagem do salário mínimo, de R$ 1.412, necessário para comprar os itens básicos de alimentação. Em Florianópolis, a cesta básica consome 61,02% do mínimo líquido. Em média, é necessário trabalhar 124 horas e 10 minutos para chegar ao valor dos alimentos básicos.
Com base na cesta básica mais cara, que este mês foi de São Paulo, o Dieese também estima o valor do salário mínimo necessário. Em outubro, este valor ficou em R$ 6.769,87 para a manutenção de uma família de quatro pessoas, considerando gastos com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência. O valor é 4,79 vezes o mínimo atual, de R$ 1.412.